Transição de carreira – Nutrição

Pela primeira vez na minha vida sinto que faço um trabalho com propósito e que realmente me faz um ser humano feliz. Não que eu nunca tivesse tido trabalhos legais, mas o “LEGAL” sempre acaba, se não tiver propósito, a insatisfação volta e o looping se mantém.

Já trabalhei em revista de corrida, em marketing de shopping de luxo, em agência de marketing esportivo, assessoria de imprensa…foram trabalhos legal, onde conheci pessoas que carrego na vida até hoje, mas nunca me senti segura e realizada neles.

Pra mim, sempre pegou o lance da idade, conforme ela foi chegando fui percebendo como o mercado de trabalho é cruel com pessoas mais velhas. No meu último trabalho em agência, por exemplo, me trocaram assim que voltei de licença maternidade por uma linda jovem de 20 anos – pagando metade da metade do meu salário….

Meu maior pesadelo de sempre era envelhecer sem trabalho, sem dinheiro, dependendo de filho ou marido. Sério, eu sonhava com isso! Esse medo me perseguiu por anos. Pq a corrida, no fim das contas, nunca pagou minhas contas nem me trouxe nada de concreto na vida profissional (só esse emprego de onde fui demitida qdo voltei de licença).

Só que eu tonta demorei um tempo para perceber que não trouxe nem ia trazer nada de concreto para minha vida profissional…não diretamente. Minha sports coach Vanessa Protásio me falou outro dia sobre os caminhos invisíveis que a gente percorre, e hoje consigo ver como foram exatamente esses caminhos que me trouxeram até aqui.

A corrida não me trouxe nada além de viagens, produtos, amigos, medalhas…mas possibilitou caminhos invisíveis, que percorri sem me dar conta e eis que hoje estou aqui abrindo meu coração sobre sempre ter me sentido uma loser na vida profissional. Só estou fazendo isso porque mesmo sem estar formada em Nutrição, me sinto extremamente feliz e realizada com o que faço – o que de alguma forma, a corrida possibilitou.

Não prescrevemos dieta, nem cardápio, não mandamos pesar comida nem contar calorias…eu e minha sócia de mentoria Maria Vitória sequer acreditamos nisso, é só olharem em volta pra ver como a nutrição tradicional deu errado. Nosso trabalho vai muito além, nós damos as mãos e viramos parceiras das pessoas, possibilitando o encontro delas com sua própria natureza. Devolvemos as pessoas ao hábitos alimentares que nos fizeram evoluir como espécie.

É uma sensação maravilhosa essa de poder estender as mãos e compartilhar o conhecimento e PELE EM JOGO (fazer o que se fala) que temos! O que a corrida tem a ver com isso? Tudo! A corrida me possibilitou, dentre outras coisas, conhecer meu corpo, conhecer pessoas, ir atrás de uma nova nutrição já que a outra não funcionou…

Nunca é fácil mudar de carreira, na verdade acho que nem carreira eu tinha pra chamar isso de TRANSIÇÃO DE CARREIRA. O que fiz foi dar uma virada mesmo, começar tudo de novo, meter as caras nos estudos, me juntar com pessoas incríveis que me ensinam e me acolhem (um salve para Dra Janaina Koenen!), alimentar a vontade de expandir o conhecimento e claro, se estou fazendo tudo isso é porque tenho ao meu lado um marido que me apoia na missão.

Meu stress com a maratona é porque além de tudo que falei no post anterior, estou treinando no momento mais intenso que já vivi na vida profissional, trabalhando muito e com pessoas que precisam de mim e da Maria Vitória. Isso hoje é a prioridade, então tudo que envolve a prova meio que ficou em segundo plano.

Por mim e pelas pessoas que confiam no nosso trabalho, essas sim merecem 100% o melhor. Se estou feliz? MUITO! Fácil não é, mas o retorno faz tudo valer à pena.

Depois conto melhor como aconteceu essa mudança toda, desde a “revelação” até meu primeiro dinheiro ganho com a nutrição.

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